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quinta-feira, 25 de junho de 2009

.: Tudo acaba em pizza :.


Aqui no Brasil este termo é muito empregado em questões de legalidade duvidosa, geralmente vemos isso acontecer muito na política. É uma forma debochada de criticar a conduta imprópria de certos políticos e os descasos que eles mesmos promovem em situações que tem teor de urgência.

Como a pizza é um prato comum, saboroso e muito apreciado acaba sendo usada com como jargão popular.

Mas não vim falar de política e sim de alimentação.

Outro dia li na Revista Saúde sobre o valor nutricional de uma pizza, ainda mais quando se troca uma de quatro queijos por uma rica em verduras e legumes.

Fiz uma pesquisa na internet e vou passar tudo que achei sobre este prato, sua origem e sua evolução até os dias de hoje.



História

A história da pizza começou há seis mil anos, com os egípcios. Acredita-se que eles foram os primeiros a misturar farinha com água. Outros afirmam que os pioneiros são os gregos, que faziam massas a base de farinha de trigo, arroz ou grão-de-bico e as assavam em tijolos quentes. Mais tarde esta massa foi parar na Itália.

Ao contrário do conhecimento popular, apesar de genuínamente italiana, os babilônios, hebreus e egípcios já misturavam o trigo e a água para assar em fornos rústicos há mais de 5000 anos. A massa era chamada de "pão-de-abraão", muito parecida com os pães árabes atuais, e recebia o nome de “piscea”.

Os fenícios, três séculos antes de Cristo, costumavam acrescentar coberturas de carne e cebola ao pão; os turcos muçulmanos adotavam esse costume durante a Idade Média e por causa das cruzadas essa prática chegou à Itália pelo porto de Nápoles, sendo em seguida incrementada dando origem à pizza que conhecemos hoje.

No início de sua existência, somente as ervas regionais e o azeite de oliva eram os ingredientes típicos da pizza, comuns no cotidiano da região. Os italianos foram os que acrescentaram o tomate, descoberto na América e levado a Europa pelos conquistadores espanhóis. Porém, nessa época a pizza ainda não tinha a sua forma característica, redonda, como a conhecemos hoje, mas sim dobrada ao meio, feito um sanduíche ou um calzone.


A pizza era um alimento de pessoas humildes do sul da Itália, quando, próximo do início do primeiro milênio, surge o termo "picea", na cidade de Nápoles, considerada o berço da pizza. Picea indicava um disco de massa assada com ingredientes por cima. Servida com ingredientes baratos, por ambulantes, a receita objetivava "matar a fome" principalmente da parte mais pobre da população. Geralmente a massa de pão recebia sua cobertura com toucinho, peixes fritos e queijo.

A fama da receita correu o mundo e fez surgir a primeira pizzaria que se tem notícia, a Port'Alba, ponto de encontro de artistas famosos da época, tais como Alexandre Dumas, que inclusive citou variações de pizzas em suas obras.


Brasil

Chegou ao Brasil por meio dos imigrantes italianos, e hoje pode ser encontrada facilmente na maioria das cidades brasileiras. Até os anos 1950, era muito mais comum ser encontrada em meio à colônia italiana, tornando-se logo em seguida parte da cultura deste país. A partir de 1985, comemora-se o dia da pizza aos 10 de julho.

Foi no Brás, bairro paulistano dos imigrantes italianos, que as primeiras pizzas começaram a ser comercializadas no Brasil. Segundo consta no livro Retalhos da Velha São Paulo, foi nos fornos do restaurante de Geraldo Sesso Jr., a Cantina Dom Carmenielo, que os apreciadores da culinária Italiana passaram a poder degustar a iguaria napolitana.

Aos poucos, a pizza foi-se disseminando pela cidade de São Paulo, sendo abertas novas cantinas. As pizzas foram ganhando coberturas cada vez mais diversificadas e até mesmo criativas. No princípio, seguindo a tradição italiana, as de muzzarela e anchova eram as mais presentes, mas à medida que hortaliças e embutidos tornavam-se mais acessíveis no país, a criatividade dos brasileiros fez surgir as mais diversas pizzas.

A variedade de coberturas que se pode colocar sobre uma pizza é quase infinita, entretanto, algumas preparações são tradicionais e têm fiéis seguidores:

Margherita: tomate, queijo mozzarella e folhas de manjericão (nomeada em homenagem à princesa-consorte Margarida de Savóia, que adorava pizzas);
Mozzarella: tomate, queijo mozzarella, orégano e azeitonas pretas;
Portuguesa: tomate, presunto (fiambre), queijo mozzarella, cebola, ovos cozidos e azeitonas pretas e/ou verdes;
Calabresa: tomate, lingüiça (chouriço) calabresa, cebola e azeitonas pretas;
Toscana: tomate, queijo mozzarella misturada com lingüiça (chouriço) toscana moída e azeitonas pretas;
Pepperoni: tomate, queijo mozzarella, rodelas de salame pepperoni e azeitonas pretas;
Quatro queijos: tomate, queijos mozzarella, gorgonzola, parmesão e catupiry, e azeitonas pretas (há variações em três e cinco queijos);
Pomodoro: tomate, queijos mozzarella e parmesão ralado, alho e azeitonas pretas;
Alice ("anchova" em italiano) ou Aliche: tomate e anchovas.



A verdadeira pizza napolitana


Em 1982 foi fundada, em Nápoles, na Itália, por Antonio Pace, a Associação da Verdadeira Pizza Napolitana, (Associazione Verace Pizza Napoletana, em italiano) com a missão de promover a culinária e a tradição da pizza napolitana, defendendo, até com certo purismo, a sua cultura, resguardando-a contra a "miscigenação" cultural que sofre a sua receita. Com estatuto preciso, normatiza as suas principais características.

A associação age fortemente na Itália para que a pizza napolitana seja reconhecida pelo governo como "DOC" (di origine controllata, Denominação de Origem Controlada em português). Em 2004, um projecto de lei foi enviado ao parlamento, com o intuito de regulamentar por lei as verdadeiras características da pizza napolitana. O "DOC" é uma designação que regulamenta produtos regionais tais como os famosos vinhos portugueses.

Segundo a associação, a Verace Pizza Napolitana deve ser confeccionada com farinha, fermento natural ou leveduras de cerveja, água e sal. A pizza deve ser ainda trabalhada somente com as mãos ou por alguns misturadores devidamente aprovados por um comitê da organização. Depois de descansar, a massa deve ser esticada com as mãos, sem o uso de rolo ou equipamento mecânico. Na hora de assar, a pizza deve ser colocada em forno a lenha (somente), a 485°C, sendo que sobre a superfície do forno não deve ser colocado nenhum outro utensílio.

A variedade de coberturas é reconhecida pela organização, porém devem ter a sua aprovação, estando em conformidade com as tradições napolitanas e não contrastando com nenhuma regra gastronômica. Algumas coberturas são tidas como tradicionais, sendo elas (respeitando seus nomes italianos):

Marinara (Napolitana): tomate, azeite de oliva, orégano e alho.
Margherita: tomate, azeite de oliva, mozzarella e manjericão.
Ripieno (Calzone), uma pizza recheada: ricota, mozzarella especial, azeite de oliva e salame.
Formaggio e Pomodoro: tomate, azeite de oliva e queijo parmesão ralado.
Quando degustada, a pizza deve apresentar-se macia, bem assada, suave, elástica, fácil de ser dobrada pela metade.

A pizza deve ser obrigatoriamente redonda, não podendo o seu diâmetro ser maior do que trinta e cinco centímetros. Outra medida, a espessura no centro do disco, não deve ser maior do que cinco milímetros, e a borda não pode ser maior do que dois centímetros.



Curiosidade

Embora seja conhecida tipicamente italiana, os grandes devoradores desse produto ficam do outro lado do oceano. Os dois países que mais consomem pizza no mundo são respectivamente: EUA e Brasil, com destaque para as cidades de Nova Iorque e São Paulo.

Comer pizza pode reduzir sensivelmente o risco de alguns tipos de câncer, afirma uma pesquisa epidemiológica, citada neste domingo (20/07) pelo jornal italiano "La Repubblica", e que será publicada na revista "International Journal of Cancer".

O estudo, realizado pelo instituto farmacológico de Milão (norte), foi feito com 3.315 italianos que sofriam de algum tumor no aparelho digestivo ou na garganta.

Foram analisados seus hábitos alimentares, comparando-os depois com outras quase 5.000 pessoas que sofriam de outras doenças.

Os responsáveis pela pesquisa chegaram a uma conclusão surpreendente: os que consomem pizza uma ou várias vezes por semana sofrem menos de câncer do que os que nunca a comem.

Os riscos de um tumor na boca, no esôfago e no cólon diminuem respectivamente 34%, 59% e 26%, segundo percentuais citados pelo diário italiano.

"Sabíamos que o molho de tomate podia ser considerado como um alimento protetor contra alguns tumores, mas não esperávamos que a pizza, como alimento completo, pudesse dar uma proteção tão forte", comentou Silvano Gallus, bioestatístico e coordenador da investigação.

"Não se pode dizer que o responsável por este resultado seja só a pizza", acrescentou o epidemiologista milanês, Carlo La Vecchia.

Recorda que as virtudes do tomate são conhecidas há algum tempo e é um alimento rico em antioxidantes. Por outra parte, destacou, "a pizza poderia ser simplesmente o indício de um estilo de vida e de alimentação, isto é, a versão italiana da dieta mediterrânea", rica em azeite de oliva, fibras, verduras, frutas, farinha e outros produtos caseiros, como a pizza.


Vamos comer uma pizza?


3 comentários:

Gisele De Marie 28 de junho de 2009 às 00:08  

Deliciosa esta matéria! Da até água na boca... Quanto à sua pergunta, vamos sim, claro! Quando?rs

Byers 28 de junho de 2009 às 11:27  

=/ fiquei com fome.

Mesmo estando enjoado de pizza, acho que o que me afomentou, foi a matéria, rs.

Parabens viu Andrea.

Carla 28 de junho de 2009 às 18:33  

Pesquisa de luxo!! Até me deu fome... hummm...
Minha preferida é a califórnia!
Bjs

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:: Frases para Refletir ::

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Fernando Pessoa)